13 agosto 2015

Uganda tem parada um ano após queda de lei que previa prisão perpétua de gays

BBC
08/08/2015 22h47 - Atualizado em 08/08/2015 22h47

Uganda tem parada um ano após queda de lei que previa prisão perpétua de gays

Embora legislação tenha sido revogada, homossexualidade ainda é motivo para cadeia no país africano.

BBC
Parada gay em Uganda; é a primeira após a suspensão da lei que previa prisão perpétua a homossexuais (Foto: Edward Echwalu / Reuters)Parada gay em Uganda; é a primeira após a suspensão da lei que previa prisão perpétua a homossexuais (Foto: Edward Echwalu / Reuters)
Antes da parada, houve concurso para escolher miss e mister e o dia da consciência transgênera
Um ano após a revogação da lei que previa a prisão de perpétua de homossexuais, ativistas realizaram neste sábado uma parada gay em Uganda, na África.
Os participantes dançaram, cantaram e hastearam bandeiras de arco-íris, símbolo do movimento LGBT, em um espaço nos arredores da capital Kampala. O evento foi o ponto alto de uma semana de comemorações.
Um dos presentes afirmou esperar que a parada representasse um “passo adiante” no país. Em Uganda, boa parte da população ainda se opõe aos direitos dos gays, e a homossexualidade ainda é motivo para prisão.
A legislação que permitia condenar pessoas a prisão perpétua por “homossexualidade agravada” e bania a “promoção da homossexualidade” foi anulada pela Suprema Corte do país no ano passado.
Apesar da realização da parada, Uganda ainda prevê a prisão de homossexuais
“A parada é para mostrar a toda a sociedade que violência, discriminação e perseguição contra a comunidade LGBT é uma coisa ruim”, afirmou Moses Kimbugwe, um dos participantes.
“Nós estamos aqui para mostrar a todos que sim, nós existimos, e queremos os nossos direitos assim como todos os outros ugandenses”, completou.
Richard Lusimbo, um dos organizadores, afirmou à agência de notícias AFP que a parada “é uma celebração de quem somos”.
Durante a semana, foram realizados outros eventos, como o dia da consciência transgênera e o concurso de beleza “Mr. and Miss Pride”.
Em visita recente ao continente, o presidente dos EUA, Barack Obama, falou em favor dos direitos dos gays. Alguns líderes africanos, porém, têm afirmado que a homossexualidade não faz parte da cultura local.

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