Uma carruagem puxada por seis cavalos, pétalas de rosas lançadas de um helicóptero, música de fundo com a trilha sonora de O Poderoso Chefão: o funeral nada discreto de um chefe da máfia na quinta-feira (20) chamou a atenção em Roma, para desgosto das autoridades italianas.
Os jornais italianos dedicam várias páginas nesta sexta-feira (21) para os detalhes do funeral de Vittorio Casamonica, que morreu aos 65 anos vítima de câncer.
Ele era considerado o chefe do clã dos Casamonica, de origem sinti, presente principalmente na região ao sul de Roma e suspeito de fraude, extorsão e tráfico de drogas.
Apesar de ter sido detido em várias ocasiões, Casamonica nunca chegou a ser condenado. "Vittorio Casamonica, rei de Roma", afirmava um cartaz na entrada da igreja San Giovanni Bosco, no subúrbio de Roma, que recebeu o funeral. Outra inscrição junto a uma foto do mafioso dizia: "Eu conquistei Roma, agora vou conquistar o paraíso".
“Rei de Roma”
O ministro do Interior, Angelino Alfano, exigiu explicações e a prefeitura citou uma "falha no sistema". "É inaceitável que um funeral se torne instrumento para enviar mensagens mafiosas", criticou o ministro. O padre que presidiu a cerimônia afirmou à imprensa que não estava a par do passado do falecido nem da decoração planejada pela família.
A polícia local minimizou o caso, dizendo que o clã Casamonica há muitos anos não tem mais força e atuaria "à margem". Também disse que o helicóptero foi alugado legalmente.
A “famiglia” dos Casamonica atua desde os anos 1970 na região de Castelli Romani, subúrbios de Roma, e também no litoral da região de Lazio, embora suas origens estejam na região de Abruzzo, na costa leste italiana.
(Com informações da AFP)
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