12 agosto 2015

Comandante do Exército americano diz que Iraque deveria ser dividido: Concordo.

France Presse
12/08/2015 17h45 - Atualizado em 12/08/2015 17h45

Comandante do Exército americano diz que Iraque deveria ser dividido

Raymond Odierno diz que união entre xiitas e sunitas é cada vez mais difícil.
Após 40 anos de Exército, general será reformado na sexta (14).

Da France Presse
O comandante em chefe do Exército, general Raymond Odierno, fala a jornalistas durante coletiva no Pentágono, em Washington, na quarta (12) (Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP)O comandante em chefe do Exército, general Raymond Odierno, fala a jornalistas durante coletiva no Pentágono, em Washington, na quarta (12) (Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP)
Prestes a deixar o posto, o comandante em chefe do Exército, general Raymond Odierno, advertiu nesta quarta-feira (12) que a reconciliação entre xiitas e sunitas no Iraque é cada vez mais difícil e que a divisão do país "poderia ser uma solução".
O general Odierno, que foi comandante no Iraque e será reformado na sexta-feira, depois de usar o uniforme do Exército americano por cerca de 40 anos, disse que por enquanto os Estados Unidos deveriam se concentrar em derrotar o grupo jihadista Estado Islâmico, que se apossou de grandes extensões de território iraquiano.
Durante coletiva de imprensa de despedida, Odierno mostrou-se pessimista a respeito do conflito entre xiitas e sunitas, que levou estas duas comunidades iraquianas à beira da guerra civil em 2006. Além disso, a comunidade curda iraquiana habita o nordeste do país e seus grupos militantes também combatem o EI.
Perguntado sobre a possibilidade de uma reconciliação entre estas duas comunidades, o militar disse que "cada dia mais se torna mais difícil".
Sobre a eventual divisão do país, afirmou: "poderia ser a única solução, mas não estou preparado para decidir ainda".
Enquanto isso, acrescentou, "primeiro temos que enfrentar o ISIL (sigla em inglês para EI, Estado Islâmico) e ver o que acontece depois".
Odierno foi comandante militar no Iraque entre 2008 e 2010. Em certo momento, defendeu que uma força residual do exército americano permanecesse no país, mas os governos dos Estados Unidos e do Iraque foram incapazes de chegar a um acordo que permitisse ao contingente permanecer no terreno.

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