Mulher coberta de poeira em foto do
11 de Setembro morre de câncer
Marcy Borders protagonizou uma das fotos mais famosas da tragédia.
Ela trabalhava em banco na região e entrou em depressão após ataque.
Uma sobrevivente dos ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova York que foi protagonista de uma das fotos mais famosas da tragédia morreu de câncer de estômago aos 42 anos.
A família de Marcy Borders anunciou sua morte na segunda-feira (24) no Facebook.
Borders, que tinha 28 anos no momento dos ataques, trabalhava há apenas um mês no Bank of America, localizado em uma das Torres Gêmeas, quando os atentados ocorreram.
Quando uma das torres desabou, ela correu para se proteger em um edifício de escritórios próximo, onde o fotógrafo da AFP Stan Honda fez uma foto que a mostrava completamente coberta com uma grande camada de poeira, tornando-a conhecida como "The Dust Lady".
Na foto, o ar aparentava estar pesado e Borders, que demonstrava estar chocada, estava coberta de poeira, cercada por uma luz amarelada.
"Não consigo acreditar que minha irmã se foi", escreveu o irmão Michael Borders no Facebook, pedindo orações das pessoas.
A um jornal local, ela disse logo após ser diagnosticada com o câncer, em 2014, acreditar que seu câncer tinha relação com a poeira inalada durante o atentado.
“Eu me pergunto: será que essa coisa infringiu células cancerígenas em mim? Eu definitivamente acredito nisso porque eu não tive outras doenças. Como você passa de ser saudável para acordar no dia seguinte com câncer?”, disse ao "Jersey Journal".
Depressão
Após os ataques, Borders mergulhou em uma década de depressão profunda com abuso de álcool e drogas, da qual conseguiu se recuperar. Ela perdeu seu emprego no Bank of American depois de ter ignorado diversas ofertas de transferência.
Após os ataques, Borders mergulhou em uma década de depressão profunda com abuso de álcool e drogas, da qual conseguiu se recuperar. Ela perdeu seu emprego no Bank of American depois de ter ignorado diversas ofertas de transferência.
Borders passou muito tempo reclusa em seu apartamento de dois quartos em uma das áreas mais pobres de Bayonne, uma comunidade-dormitório de Nova Jersey.
"Uma parte dela morreu naquele dia fatídico", segundo a família.
"Ainda vivo com medo. Não consigo pensar estar lá, naqueles alvos, nas pontes, nos túneis, nas estações (de metrô)", disse Borders à AFP em uma entrevista concedida em março de 2012.
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