Modelo suspeita de golpes se passou pelo pai ao falar de falso câncer, diz ex
Analista de sistema depositou R$ 15 mil para a jovem: 'Mundo de mentiras'.
Conhecida como Barbie, jovem de 25 anos está presa em Goiânia.
A modelo fotográfica Bruna Cristine Menezes de Castro, de 25 anos, presa suspeita de aplicar golpes pelas redes sociais, fingiu ser o próprio pai para dar notícias ao analista de sistemas carioca Ryan Balbino, de 28 anos, sobre uma falsa operação para tratar um câncer no útero (leia mensagem acima). O jovem, que é ex-namorado da modelo, revela que também foi enganado e depositou mais de R$ 15 mil para o tratamento da doença forjada. Conhecida como Barbie, Bruna foi detida em Goiânia.
A conversa foi registrada em 15 de março de 2012. Cinco dias depois da falsa cirurgia, Bruna pediu mais dinheiro. "Vou precisar comprar o remédio de [R$] 550, se puder ajudar", escreveu.
Todos os diálogos do casal constam no inquérito policial que apura os crimes praticados pela modelo. Inclusive, em alguns deles, ela pede R$ 2 mil ao analista: "Queria falar com você um negócio. Você pode dar mil [reais] no dia que tinha falado e mil no dia 20?".
Ryan se surpreendeu com as mentiras da ex-namorada. "Essa situação é que me causa mais estranheza. Isso é para você ter ideia de que ponto chega a pessoa para manter um mundo de fantasia e de mentira. Ela sempre acreditou nas mentiras dela", disse Ryan ao G1.
Relacionamento
Ryan afirmou que teve um relacionamento com Bruna entre 2011 e 2012. Ele explica que os dois se conheceram há cerca de 12 anos, através da internet. Na época, ela morava na Itália, mas eles sempre mantinham contato como amigos. O romance só engrenou quando ela voltou para o Brasil.
Ryan afirmou que teve um relacionamento com Bruna entre 2011 e 2012. Ele explica que os dois se conheceram há cerca de 12 anos, através da internet. Na época, ela morava na Itália, mas eles sempre mantinham contato como amigos. O romance só engrenou quando ela voltou para o Brasil.
"Morava em Florianópolis e paguei para ela ir de Goiânia me visitar. Isso foi em julho de 2011. Depois fui a casa dela uma vez, fui embora e começamos a manter o relacionamento à distância", lembra.
O analista começou a desconfiar da companheira quando pediu recibos dos depósitos feitos na conta bancária dela para anexar em sua declaração de Imposto de Renda. Diante da série de desculpas, armou uma visita surpresa a Goiânia para ver o que estava ocorrendo.
"Com a ajuda de uma prima dela, combinamos de encontrá-la sem ela saber que eu estava na cidade. Quando cheguei, ela chorou e fez todo um teatro. Só aí que percebi que tinha sido vítima de um estelionato", recorda.
Deboche da investigação
Antes de ser presa, em conversas com alguns clientes, publicadas em uma conta no Instagram criada para denunciá-la, a jovem não parece se preocupar com a investigação. Ela desdenha e ri quando uma pessoa fala da possibilidade de ela ser presa. "Meu orixá é forte", diz em um dos trechos divulgados pela Polícia Civil.
Antes de ser presa, em conversas com alguns clientes, publicadas em uma conta no Instagram criada para denunciá-la, a jovem não parece se preocupar com a investigação. Ela desdenha e ri quando uma pessoa fala da possibilidade de ela ser presa. "Meu orixá é forte", diz em um dos trechos divulgados pela Polícia Civil.
Em outro diálogo, uma suposta vítima diz: "Ainda vou te ver atrás das grades". Em tom de ironia, a modelo responde: "Sério amor? kkkkkkk. Será?". Na mesma conversa, a cliente afirma que a jovem "nem sonha como estão as investigações". Porém, novamente, a suspeita rebate: "Aguardo ansiosamente por esse dia".
Responsável pela investigação, o titular da Delegacia Estadual de Defesa do Consumidor (Decon), Eduardo Prado afirma que a modelo confessou os crimes em depoimento. Bruna foi detida em um apartamento no Setor Jardim Goiás, bairro nobre da capital. Segundo a polícia, ela estava tentando se esconder.
"Não tinha praticamente nada no apartamento. As informações que nós recebemos é que ela estava pronta para fugir para os Estados Unidos", revela.
O delegado explica que, até o momento, 20 vítimas já foram até a delegacia para denunciar o golpe. Após a prisão, outros 30 entraram em contado com o distrito, sendo uma do Rio de Janeiro e duas de Brasília. Somente dessas vítimas, o delegado estima um prejuízo de R$ 300 mil.
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