Obama diz que empreendedoras são força motriz da sociedade
Presidente dos EUA destacou papel de mulheres, em viagem ao Quênia.
'Quando têm sucesso, investem mais em famílias e comunidades', disse ele.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacou neste sábado (25), em Nairóbi, que as mulheres empreendedoras são a "força motriz" da sociedade porque, quando têm sucesso nos negócios, investem em suas famílias e comunidades.
Obama, que visita a terra de seu pai pela primeira vez como presidente, abriu hoje a Cúpula Global de Empreendedores (GES, na sigla em inglês), organizada de forma conjunta pelos EUA e o Quênia.
"As mulheres são uma força motriz empreendedora. Quando têm sucesso, investem mais em suas famílias e comunidades", ressaltou Obama durante o discurso de abertura do evento, que reúne cerca de mil participantes na capital queniana.
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Os EUA abrirão três centros para mulheres empreendedoras na Zâmbia, Mali e Quênia, anunciou Obama durante o discurso.
Obama, o primeiro presidente americano em atividade da história a visitar o Quênia, lembrou que seu governo disponibilizou mais de US$ 1 bilhão para apoiar esse tipo de negócio.
Desse fundo, US$ 100 milhões serão destinados a financiar 10 mil iniciativas de mulheres empreendedoras, destacou o presidente.
Além da visita de hoje, Obama foi ao Quênia em outras duas oportunidades, ainda como senador, para conhecer suas origens. Nesta ocasião, o presidente no domingo à Etiópia, onde se reunirá com líderes da região e fará discurso na União Africana.
Power Africa
Obama também defendeu seu programa "Power Africa", com o qual pretende duplicar o acesso à eletricidade na África Subsaariana mas que, segundo seus críticos, avança lentamente.
Obama também defendeu seu programa "Power Africa", com o qual pretende duplicar o acesso à eletricidade na África Subsaariana mas que, segundo seus críticos, avança lentamente.
"Vamos pelo caminho certo" para alcançar o objetivo de criar "uma capacidade de produção de energia própria" de 30.000 MW, declarou Obama durante uma visita a um salão dedicado a este tema em Nairóbi.
O presidente americano anunciou esta iniciativa em 2013 mas, desde então, teve que enfrentar muitas críticas, já que o programa ainda não conseguiu produzir eletricidade.
Segundo Obama, é questão de tempo. "Se quer colocar em andamento uma usina elétrica nos Estados Unidos, não demora apenas um ano para conseguir isso", alegou.
"Foram completadas as transações financeiras, os planos estão em andamento e agora o trabalho que está sendo feito começará a ser observado", disse.
O programa "Power Africa" mobiliza bilhões de dólares, US$ 7 bilhões deles apenas por parte dos Estados Unidos. Também é financiado pelo setor privado, pelo Banco Mundial e pela Suécia.
O presidente elogiou o dinamismo da África, um "continente em movimento" e "a região que cresce mais rápido no mundo", com a constante expansão da classe média e dos salários.
Em seu discurso, o presidente americano disse que os empreendedores entendem que boas ideias "não dependem do sobrenome ou da procedência", apesar de ressaltar que grande parte da população ainda está longe de ter esse tipo de oportunidade.
"Os empreendedores criam postos de trabalho e propõem uma alternativa positiva para jovens que não veem um futuro. Por isso, é preciso conseguir o financiamento e o apoio necessário para que esses negócios decolem", disse o presidente americano.
A GES, uma iniciativa lançada por Obama em 2009, reúne em Nairóbi mais de 1.000 empreendedores e investidores de 120 países. O objetivo é a apresentação de projetos inovadores, o intercâmbio de ideias e a busca por novas formas de financiamento.
O fato de o Quênia ter sido escolhido como a sede da edição deste ano representa a importância da África, e especialmente do próprio país anfitrião, como um dos centros de inovação empresarial e de novas oportunidades para empreendedores, sobretudo no que diz respeito às mulheres e aos jovens.
Esta é a quarta vez que Obama viaja à África Subsaariana como presidente dos EUA. Além do evento, ele se reunirá com o presidente do país, Uhuru Kenyatta, para tratar de questões comerciais e de segurança. Depois, também visitará a Etiópia, onde se encontrará com vários líderes da região e dará um discurso na União Africana.
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