09 julho 2015

70 humanos foram feridos durante as filmagens


70 humanos foram feridos durante as filmagens

Ricardo Calil
























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Não é um vídeo viral. Mas é um filme caseiro. O mais caro da história. E também o mais perigoso. E ainda aquele com o melhor slogan: “Nenhum animal foi ferido durante as filmagens. Mas 70 membros da equipe e do elenco foram''.
A história de “Roar'', relançado recentemente nos Estados Unidos, é inacreditável. Ela envolve três lendas de Hollywood – o produtor/diretor Noel Marshall (“O Exorcista''), sua mulher Tippi Hedren (atriz de “Os Pássaros'', de Alfred Hitchcock) e a filha dela, Melanie Griffith (atriz de “Dublê de Corpo'', de Brian De Palma) – e 150 animais selvagens, sobretudo grandes felinos.
roarDurante 11 anos, o casal e seus filhos mantiveram um santuário de animais em um rancho a 60 km de Los Angeles. Eles viviam, comiam e dormiam ao lado de leões, tigres, jaguares e guepardos. Como se não bastasse, um belo dia Marshall teve a ideia de transformar a experiência em um filme de ficção para toda a família, ao estilo Disney.
Eles perderam a conta do número de acidentes durante a produção. A adolescente Melanie foi atacada por um leão, levou 100 pontos no rosto e passou por uma cirurgia de reconstrução facial; Hedren quebrou a perna ao cair de um elefante (!); o diretor de fotografia Jan de Bont (que depois se tornaria o diretor de “Velocidade Máxima'') foi escalpelado por uma mordida de leão, e seu couro cabeludo teve que ser costurado de volta à cabeça com 220 pontos; e Marshall foi ferido tantas vezes que precisou ser hospitalizado com uma gangrena.
Dois anos, US$ 17 milhões e dezenas de tragédias depois, o filme foi finalizado em 1981, recebeu péssimas críticas e foi engavetado (sendo exibido por apenas uma semana fora dos Estados Unidos).
A história terminaria aí se um pequeno distribuidor especializado em filmes perdidos no tempo não tivesse ouvido por acaso uma conversa sobre “Roar'' e pedido para ver uma cópia da produção. “Eu assisti com minha namorada e nossos três gatos, que ficaram tão animados com o filme quanto nós'', declarou ao Indiewire James Shapiro, da Drafthouse Films, que relançou “Roar'' nos EUA em abril. Como bem define a reportagem do site, o desastre nas filmagens de “Roar'' faz “Apocalypse Now'' e “Fitzcarraldo'' parecerem festinhas infantis.
O Videota torce para que alguma boa alma em uma distribuidora tope lançar o filme no Brasil em breve.

OBS: E ninguém vai vai fazer um filme sobre o filme não? O povo ruim de serviço!

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