27 março 2012

Igreja Católica alemã põe à venda a sua editora pornográfica




Depois é só passar no confessionário e pegar a penitência.
Associação da Igreja Católica com editora publicadora de pornografia pode envolver o papa.

A Weltbild é uma das maiores da Alemanha e fatura 1,6 bilhão de euros por ano e é proprietária de noticiosos e diversos selos voltados a todo tipo de literatura.

Quase todas as dioceses da Igreja Católica Alemã possuem, há muito tempo, ações da companhia.

Nas duas últimas décadas, a diretoria executiva da editora tem apostado em títulos nada cristãos, incluindo autoajuda, ocultismo e outros. 

No início de outubro estourou o escândalo. Uma pesquisa feita da internet por um noticioso encontrou mais de 2.500 títulos de literatura erótica e pornográfica com o selo da editora à venda em seu website oficial. Quando a informação veio à público, rapidamente, os títulos foram retirados do site com o objetivo de minimizar o escândalo, mas nas livrarias (inclusas as próprias do grupo que possue diversas grandes lojas na Alemanha) e no catálogo da editora nada ocorreu e é possível encontrar por toda a Europa títulos como o Kama Sutra, a P@t!nha do Advogado (sic) e ainda pornografia explicita sob um selo da editora católica. 

Um dos papas mais polêmicos da igreja moderna.
Obviamente, a editora não é confessional e nem é administrada por padres. Trata-se de um investimento cuja origem é antiga e a igreja não participa da gestão do negócio. Contudo, até 2008 a ICAR era a principal acionista do grupo, quando algumas dioceses venderam suas cotas e, não fosse o escândalo, as coisas provavelmente seguiriam o seu rumo na mais absurda hipocrisia. 

Como se vê, não é somente no Brasil que uma denominação religiosa financia e seus líderes lucram com sensualidade, como é o caso da Universal e sua TV Record.

Esta semana, bispos alemães exigiram que os executivos na direção da editora vendessem a galinha dos ovos pornô ungida o mais rápido possível numa tentativa de estancar o escândalo e impedir que ele venha a atingir o ex-cardeal alemão Ratzinger, o atual Papa, que pode ter sido conivente com a situação, como a maioria dos cardeais alemães. 

Ajoelhou, tem de rezar, risos.

Para os católicos alemães esta decisão demorou demais. Segundo reportagem do Die Welt alguns párocos católicos vêm denunciando esta associação negativa há mais de 10 anos, sendo até então ignorados pelos bispos de suas dioceses. Entre os opositores ao negócio havia até mesmo um cardeal, Joachim Meisner, que deu a seguinte declaração ao jornal Welt am Sonntag: “Nós não podemos ganhar dinheiro durante a semana com aquilo que pregamos contra aos domingos”.

Meisner vendeu as ações da editora na propriedade de suas dioceses católicas em 2008, tão logo começou a discordar da linha editorial da Weltbild. 

Hoje, 27 dioceses católicas alemães ainda ganham dinheiro com a venda das aventuras da “coleguinha do advogado”. 



Genizah, com informações de The Local,  Business Insider e Die Welt 


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