27 outubro 2014

Jovens arrependidas de entrar para o Estado Islâmico podem ser presas caso voltem à Áustria

VIENA — As duas adolescentes que deixaram a Áustria para viajar para a Síria e se tornarem noivas de extremistas do Estado Islâmico podem ser presas caso voltem para suas casas. Sabina Selimovic, de 15 anos, e Samra Kesinovic, de 17 anos, viajaram em abril deste ano, deixando apenas um bilhete: “Não olhe para nós. Vamos servir a Deus, e vamos morrer por ele.” Nesta semana, elas se disseram desiludidas com a vida no Oriente Médio e pediram para voltar pra casa. De acordo com a Central de Notícias da Europa, elas vivem na cidade de Raqqa, no Norte da Síria, e podem esta grávidas de combatentes chechenos.
A polícia austríaca tem em mãos um dossiê sobre a relação das adolescentes com o grupo terrorista. No entanto, o porta-voz se recusou a comentar o caso. Segundo o advogado criminalista Andreas Venier, elas podem responder por um crime. Na Áustria, a pena pelo apoio a uma organização terrorista pode chegar a até cinco anos de prisão.
— A participação em uma organização terrorista é uma ofensa punível na Áustria. Essa participação pode ser na linha de frente, puxando o gatilho, como também o simples fato de apoiar e fornecer informações ao Estado Islâmico. Se for provado que as meninas estavam envolvidas com o grupo, elas podem pegar até cinco anos de prisão — disse o advogado austríaco.
Sabina e Samra: suas contas nas redes sociais seriam usadas para atrair mais jovens para o EI - Reprodução
Ele afirmou também que os promotores vão analisar se Sabina e Samra foram coagidas ou intimidadas a se mudar para a Síria.
— É claro que toda viagem à Síria não resulta em associação com grupos terroristas. O caso delas será será analisado antes de que sejam consideradas culpadas de envolvimento.
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O porta-voz do Ministério do Interior austríaco, Karl-Heinz Grundboeck, disse que não é seguro que as adolescentes retornem ao país.
— Depois que as pessoas saem da Áustria, é quase impossível voltar — afirmou Grundboeck.
A Interpol investiga o caso e acredita que as contas das jovens nas redes sociais estariam sendo usadas por jihadistas como propaganda para atrair outros jovens ocidentais a seguirem o exemplo delas e aderirem ao grupo. Nas páginas, há fotos delas rindo, vestidas de burcas e portando armas.


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