10 de outubro de 2014 • 11h20 • atualizado às 11h38
Estado Islâmico pode usar ebola como arma contra o Ocidente
Teoria defende que grupo jihadista estaria recrutando militantes para contrair o vírus e viajar para países onde querem causar estragos
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) pode estar pensando em usar o ebola como uma bio-arma contra os países do Ocidente. A teoria, apesar de assustadora, ainda não foi confirmada e é vista com ceticismo por alguns especialistas. As informações são doDaily Mail.
Segundo a publicação, a hipótese foi levantada por um especialista em assuntos militares. A ideia seria de que o EI - que possui ligação com o a linha de terrorismo conhecida como "terrorismo-suicida" - estaria recrutando militantes para contrair o vírus do ebola e viajar para países onde querem causar estragos, expandindo a epidemia e causando ainda mais mortes.
O capitão Al Shimkus, professor de assuntos de segurança nacional no Naval War College, dos EUA, acredita que a teoria é "inteiramente plausível". "No contexto da atividade terrorista, não é preciso muita sofisticação para transformar um ser humano em um verdadeiro transportador do vírus", disse.
O professor Anthony Glees, diretor do Centro de Segurança e Inteligência da Universidade de Buckinggham, no Reino Unido, concorda que a estratégia pode ser considerada. "De certa forma, é uma teoria plausível. Este é um trabalho potencial para uma missão suicida. Além disso, existem militantes do EI em vários países", afirmou.
O vírus do ebola é transmitido pelo contato direto com uma pessoa infectada. A doença já matou mais de 3.800 pessoas e os primeiros casos já foram confirmados nos EUA na Europa. Há, inclusive, um caso de suspeita da doença no Brasil.
No entanto, alguns especialistas são contra a hipótese. Jennifer Cole, diretora de pesquisa no Instituto Royal United Services, no Reino Unido, disse que discorda da hipótese. "Todo o mundo está olhando para essa doença. Portanto, seria muito difícil que um integrante do EI conseguisse entrar em um país com o vírus, propositadamente", defende. "Além disso, o ebola é muito difícil de ser controlado. Logo, as chances de um militante morrer antes de conseguir transmiti-lo seriam grandes".
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Cole defende ainda que, para um ataque suicida, as armas de fogo ainda são mais confiáveis e eficazes. Andreas Krieg, especialista em segurança no Oriente Médio, na Universidade de Londres, concorda com Cole. "É uma forma barata de terrorismo. No entanto, exige muito esforço e a missão teria pouca chance de sucesso".
Além disso, Krieg defende que o foco do EI ainda é o Oriente Médio e a expansão de territórios conquistados. Segundo o especialista, a hipotética missão poderia causar estragos no próprio grupo terrorista, contagiando militantes. Portanto, o EI não se arriscaria a tanto.
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