Polícia Federal prende o médico foragido Roger Abdelmassih no Paraguai
Atualizado em 19 de agosto, 2014 - 17:46 (Brasília) 20:46 GMT
O médico Roger Abdelmassih, acusado de cometer mais de 50 agressões sexuais contra quase 40 pacientes de sua clínica de reprodução assistida em São Paulo, foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira em Assunção, no Paraguai.
O criminoso havia sido condenado a 278 anos de prisão e era considerado foragido desde 2011 – quando tentou tirar um passaporte e teve revogado o habeas corpus que permitia que respondesse a recursos da sentença em liberdade.
Desde que começou a ser acusado de molestar pacientes em 2008, Abdelmassih vem afirmando ser inocente das acusações. Ele chegou a dizer ter que as acusações seriam motivadas por vingança.
Até então o médico era considerado um dos maiores especialistas em reprodução assistida do país. Algumas de suas pacientes o acusaram de agressões sexuais que ocorreriam dentro de sua clínica.
Segundo as vítimas, os ataques teriam acontecido quando as vítimas estavam sozinhas com o médico em salas de consulta ou recuperação. Algumas afirmaram ter sido abusadas enquanto estavam dopadas por medicamentos.
Deportação sumária
A Polícia Federal afirmou que a prisão foi feita em parceria com a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas, um dos mais importantes órgãos policiais do Paraguai).
A deportação do foragido para o Brasil deve acontecer de forma "sumária", segundo a PF. Ele seria levado para a sede da instituição em Foz do Iguaçu ainda nesta terça-feira e posteriormente transferido para São Paulo.
Abdelmassih chegou a ficar cerca de cinco meses preso em 2009, mas obteve o direito de responder ao processo em liberdade devido a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Por causa disso, após ser condenado em 2010, pôde continuar em liberdade, a espera do julgamento de recursos. Esse benefício foi revogado no ano seguinte após tentar tirar um passaporte. Desde então passou a ser considerado foragido.
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