Transexual é espancada por 20 pessoas no centro de São Paulo
A jovem revelou que além do trauma da agressão, na delegacia foi tratada sempre no masculino e o boletim de ocorrência não fez qualquer menção ao nome social dela nem ao fato de ser transexual
Reprodução
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No último domingo (13), a promotora de eventos Melissa Hudson, de 22 anos, foi atacada por um grupo de cerca de 20 pessoas na região da Avenida Augusta, zona central de São Paulo.
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Segundo a 'Revista Fórum', a jovem, que é transexual, revelou que a agressão começou quando um deles atacou uma garrafa, que a atingiu na nuca. Em seguida, o grupo a cercou e começou a agredi-la com socos, chutes e mais garrafadas. Ela conta que os agressores gritaram diversas frases de ódio contra travestis e transexuais enquanto a agrediam. “Eles gritavam ‘traveco nojento’ e ‘não é mulher, é traveco’ toda vez que alguém tentava interceder para que parassem”, revelou.
Além de agredirem a vítima, os criminosos roubaram dois celulares. Melissa teve escoriações no rosto e no corpo, inclusive com a ruptura dos pontos de uma cirurgia de feminização facial a que foi submetida em dezembro último.
Depois de conseguir escapar, a vítima encontrou um carro da Polícia Militar, que a conduziu a um Pronto Socorro, onde foi medicada e depois liberada.
Mesmo com a gravidade do crime, o caso foi registrado no 78 DP (Jardins), apenas como um roubo a transeunte, sem qualquer menção ao fato da vítima ser transexual e suspeitar que o crime foi motivado pelo preconceito por sua condição. Melissa foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de um exame de corpo delito. Além de ser tratada sempre no masculino dentro da delegacia, o boletim de ocorrência não fez qualquer menção ao nome social dela nem ao fato de ser transexual, revelou a publicação.
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