Com 250 euros, jihadistas compram passaportes sírios falsos para burlar controles de fronteiras, se passando por refugiados. Nesta terça-feira, a ONU alertou para que os governos europeus não usem os atentados de Paris como argumento para impedir a entrada dos refugiados, lembrando que eles são “as primeiras vítimas do radicalismo islâmico”.
A rede de tráfico de passaportes passou a ser uma das principais preocupações dos serviços de inteligência na Europa depois que um passaporte de um ex-soldado do regime de Bashar Assad morto no ano passado foi encontrado ao lado do corpo de um dos terroristas mortos em Paris.
Na Alemanha, na Bélgica e na França, as investigações apontam que todos os nove terroristas usaram passaportes falsos para entrar na Europa, ao retornar de treinamentos na Síria. Os documentos foram, de fato, registrados na Grécia e mesmo na Sérvia, apontando que eles teriam usado a rota de milhares de famílias desesperadas para fugir da guerra.
Mercado. Fontes da polícia judiciária em Paris confirmaram ao Estado que o comércio ilegal de passaportes sírios alimenta a rede jihadista e muitos dos 10 mil nomes na lista de potenciais ameaças pela França podem estar cruzando as fronteiras com esses novos documentos.
“As primeiras vítimas dos radicais são os refugiados”, disse ontem o Alto-Comissário da ONU para Refugiados, Antonio Guterres. “Eles fogem das mesmas pessoas que atacaram Paris”, insistiu.
A rede de tráfico de passaportes passou a ser uma das principais preocupações dos serviços de inteligência na Europa depois que um passaporte de um ex-soldado do regime de Bashar Assad morto no ano passado foi encontrado ao lado do corpo de um dos terroristas mortos em Paris.
Na Alemanha, na Bélgica e na França, as investigações apontam que todos os nove terroristas usaram passaportes falsos para entrar na Europa, ao retornar de treinamentos na Síria. Os documentos foram, de fato, registrados na Grécia e mesmo na Sérvia, apontando que eles teriam usado a rota de milhares de famílias desesperadas para fugir da guerra.
Mercado. Fontes da polícia judiciária em Paris confirmaram ao Estado que o comércio ilegal de passaportes sírios alimenta a rede jihadista e muitos dos 10 mil nomes na lista de potenciais ameaças pela França podem estar cruzando as fronteiras com esses novos documentos.
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Hoje, os preços variam de 250 euros para um passaporte a mais de 2 mil caso a pessoa queira que o documento de viagem seja acompanhado por uma certidão de nascimento com o mesmo nome e até carteira de motorista.O comércio floresceu à medida que algumas das cidades sírias eram destruídas e combatentes passaram a ter acesso a verdadeiros depósitos de documentos virgens da administração síria. Uma parte desse “tesouro” acabou caindo nas mãos de traficantes, que o revenderiam anos depois aos radicais do Estado Islâmico.
“As primeiras vítimas dos radicais são os refugiados”, disse ontem o Alto-Comissário da ONU para Refugiados, Antonio Guterres. “Eles fogem das mesmas pessoas que atacaram Paris”, insistiu.
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