Obama encontra familiares de vítimas de atentado de San Bernardino
14 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas em massacre terrorista.
Antes de ir para o Havaí, onde passará as festas, Obama visitou local.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a primeira-dama, Michelle, visitaram nesta sexta-feira San Bernardino, na Califórnia, para se reunir em privado com familiares das vítimas do atentado terrorista que deixou 14 mortos.
No último dia 2, os terroristas e supostos seguidores do Estado Islâmico (EI) Syed Farook, de nacionalidade americana, e sua esposa, Tashfeen Malik, paquistanesa, atacaram um centro de assistência para incapacitados em San Bernardino, mataram 14 pessoas e feriram mais de 20 em um atentado que os investigadores do FBI vinculam ao extremismo islamita.
Antes de ir para Honolulu, no Havaí, onde passará o recesso de festas com sua família, o presidente Obama teve em San Bernardino reuniões privadas e afastadas das câmaras com parentes das vítimas do atentado, assim como com os primeiros membros dos serviços de emergência que foram ao local do ataque.
A visita, que só teve poucos detalhes divulgados pela imprensa, foi até de noite, mais do que as duas horas previstas na agenda do presidente, e o encontro de Obama com os familiares das vítimas aconteceu no Indian Springs High School da cidade californiana.
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Após a reunião, Obama afirmou que foi "emocionante" se reunir com famílias que são "representantes" da força, da unidade e do amor da comunidade de San Bernardino, segundo um comunicado da Casa Branca.
"Apesar da dor e da angústia que estão sofrendo, não puderam ser mais inspiradores", disse o presidente, que acrescentou que o encontro serviu para lembrá-lo o bom que há nos Estados Unidos.
De manhã, Obama destacou em entrevista coletiva na Casa Branca, na que fez o balanço do ano de 2015, que é "muito difícil detectar lobos solitários", como os terroristas de San Bernardino.
Além disso, o presidente voltou a defender sua estratégia contra o EI, prometeu "derrotar" o grupo jihadista e apelou para a busca de "equilíbrio" entre segurança e privacidade na luta antiterrorista.
Por outro lado, a viagem de Obama coincidiu com a declaração do estado de emergência no condado de San Bernardino para "ajudar a comunidade a se recuperar do atentado terrorista".
O governador da Califórnia, Jerry Brown, justificou esta decisão argumentando que as circunstâncias do ataque, por sua magnitude, estão além do controle dos serviços e pessoal de um só governo local e "requerem" forças combinadas de apoio e ajuda mútuas.
"Vejo que as condições de desastre e risco extremo para a segurança das pessoas e a propriedade existem em San Bernardino devido a este ataque", afirmou Brown.
A investigação do FBI sobre o ataque terrorista continua, e quarta-feira Enrique Márquez, o hispânico que comprou dois rifles usados no atentado, foi acusado de conspiração para fornecer apoio material a terroristas, compra ilegal de armas e fraude migratória por organizar um casamento de conveniência.
Amigo de Syed Farook, Márquez, de 24 anos, é acusado também de conspiração por seu papel no planejamento de dois ataques terroristas em solo americano em 2011 e 2012 que não chegaram a acontecer.
A denúncia sustenta que o jovem latino, que se converteu ao Islã em torno de 2007, comprou os dois rifles para Farook, para que não ficassem registrados em seu nome, assim como material explosivo.
Em 2011, Márquez e Farook começaram a idealizar atos terroristas, como o plano para atacar a biblioteca ou a cafeteria do Riverside Community College (RCC), onde ambos tinham estudado, e o ataque à estrada estadual SR-91 durante a hora do rush.
A partir de 2012, segundo o relato de Márquez, ele se distanciou de Farook.
Os investigadores não encontraram evidências de que Márquez tenha participado do ataque de San Bernardino ou tivesse conhecimento prévio de que ele aconteceria.
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