06 setembro 2015

O desejo de Vingança

O desejo de vingança pode levar pessoas a fazerem coisas absurdas. Conheça aqui algumas das histórias reais de vingança mais incríveis que já aconteceram.

 Genghis Khan vs. Inalchuq

Genghis Khan não era um rapaz muito agradável de se provocar. Quando o grande imperador mongol já havia conquistado boa parte da Ásia e chegou pela primeira vez ao Oriente Médio, decidiu enviar uma caravana com 450 homens para o império vizinho Khwarezmid, oferecendo presentes de boa vontade - que muito provavelmente incluíam diamantes e prostitutas.
O governador de Khwarezmid, Inalchuq de Otrar, não foi muito simpático com a oferta de paz e, desconfiado de que haviam espiões na caravana enviada por Khan, decidiu matar todos, exceto por um mercador mongol.
Khan, não muito contente com a situação, decidiu enviar dois diplomatas mongóis e um mulçumano para pedir ao sultão Muhammad II punição para Inalchuq e a liberdade do mercador. Muhammad, no entanto, também não foi muito amigável e decidiu responder decapitando os três mensageiros.
Genghis Khan então decidiu acabar com a diplomacia e buscar vingança. Com seu exército, montou um cerco em torno da fortaleza de Inalchuq, onde finalmente, depois de cinco meses, conseguiu passar as barreiras e encontrar sua vingança, executando Inalchuq de uma forma nada agradável: derramando prata derretida em seus olhos e sua boca. Soldados e cidadãos de Khwarezmia também foram mortos praticamente em sua totalidade.
2 – O caso de Katie Collman

Em uma história mais recente, temos o caso de Katie Collman, uma menina de apenas 10 anos que foi violentada e assassinada por Anthony Stockelman, nos EUA.
Anthony, felizmente, foi preso logo após o crime que cometeu, mas sua “sentença” não havia terminado. Por coincidência, um primo de Katie estava na mesma cadeia. Em uma noite, enquanto Anthony dormia, o primo fez uma tatuagem em sua testa, escrito “A Vingança de Katie” - algo que ficará literalmente marcado para toda sua vida.
3 - Irmãs Trung

As irmãs Trung (Trưng Trắc e Trưng Nhị) nasceram na província de Giao Chi no século 1 no Vietnã. Treinadas desde pequenas em artes marciais, se tornaram grandes guerreiras.
Na época, o Vietnã era governado pelos chineses, que eram conhecidos por não serem tolerantes com comunidades que se considerassem independentes. O marido de Trac, no entanto, foi um desses rebeldes, e acabou sofrendo com a retaliação do exército chinês, que o assassinou e ainda estuprou Trac.
Para se vingar, as irmãs decidiram encurralar os chineses com um grande exército composto exclusivamente por mulheres (que eram menosprezadas pelos chineses). As mais de 80 mil guerreiras massacraram os chineses e em poucos meses retomaram a posse de muitas aldeias. De quebra, ainda governaram o Vietnã por três anos, antes dos chineses conseguirem finalmente ganhar a batalha com um enorme exército, restaurando o poder.
4 – A guitarra de Dave Carroll


Dave Carroll é um guitarrista talentoso e um tanto vingativo. Em uma viagem para o Nebraska pela companhia United Airlines, em 2009, uma de suas guitarras acabou sendo quebrada no bagageiro. Apesar das queixas, a companhia aérea não fez nada para resolver o caso de Carroll. Um dos gerentes chegou a responder a ele: “Boa sorte com isso, amigo”.
O guitarrista decidiu então escrever três músicas sobre como a United Airlines adora destruir guitarras. As músicas fizeram tanto sucesso que as ações da empresa chegaram a cair 10% em menos de uma semana. A United então procurou Carroll e ofereceu restituir o valor da guitarra (US$ 3.500), se ele removesse os vídeos do Youtube. A resposta de Carroll foi óbvia: “Boa sorte com isso, amigo”.
5 – As cartas de Alan Ralsky
Alan Ralsky é homem com poucos admiradores. Ele é conhecido como o “pai do spam” e inclusive já cumpriu pena algumas vezes por práticas ilegais de envio de mensagens eletrônicas.
Mas a vingança da sociedade viria de uma outra forma. Em 2002, depois de uma entrevista ao Slashdot, seu endereço acabou sendo divulgado. A partir daquele dia, Alan começou a receber milhares de cartas sem conteúdo algum ou com propagandas inúteis e aleatórias, fazendo com que ele provasse do próprio veneno.
6 - Lenda dos 47 samuráis

Conta a lenda que um grupo de 47 samurais acabaram de tornando rōnin (samurais sem um mestre), depois que seu senhor (daimyō), chamado Asano Naganori, foi obrigado a cometer seppuku (um ritual suicida) após ter agredido um importante funcionário judicial chamado Kira Yoshinaka.
Os rōnin, fiéis ao seu antigo mestre, decidiram então buscar vingança e matar Kira Yoshinaka e toda sua família. Para não levantarem suspeitas e esperando o momento certo para o ataque (Yoshinaka havia reforçado sua guarda pessoal, esperando retaliação), os rōnin esperaram cerca de dois anos.
Com um ataque bem planejado, os samurais conseguiram sua vingança e mataram Yoshinaka. Depois, se entregaram à justiça e foram condenados, assim como seu mestre, a cometer seppuku.
Dos 47, apenas Terasaka Kichiemon foi perdoado, pois, apesar de querer participar da vingança, não obteve permissão de sua família. Até hoje a lenda é uma das mais conhecidas do Japão e já foi adaptada a filmes e peças de teatro.
7 - O massacre da noite de São Bartolomeu

Na metade do século 16, quando a igreja protestante criou um novo “braço” do cristianismo, a igreja católica não ficou muito contente. Perdendo aos poucos seu poder, dinheiro e terras, os ânimos entre católicos e protestantes estavam difíceis de serem controlados.
Em 1572, como um tentativa de acalmar os dois lados, aconteceu o casamento real de Marguerite de Valois, irmã do rei da França, com Henrique de Navarra, chefe da dinastia dos huguenotes (nome dado aos protestantes franceses).
O plano não deu muito certo. Logo após o fim do casamento, no dia 24 de agosto (dia de São Bartolomeu), o rei francês, Carlos IX, decidiu organizar um grande massacre, começando por tentar capturar o almirante Gaspar II de Coligny, líder huguenote de Paris.
Mesmo não tendo sido bem sucedido (Gaspar II ficou apenas ferido), os protestantes se revoltaram com o ato, iniciando uma série de conflitos. Mas Carlos IX ainda não tinha acabado. Nas primeiras horas da madrugada, dezenas de líderes huguenotes foram assassinados em Paris, em uma série de ataques planejados.
O massacre continuou por meses e números apontam para até 70 mil protestantes mortos em toda a França, ficando assim conhecido como o pior dos massacres religiosos do século.

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