02 março 2016

Pai de santo preso por estupro culpa espírito pelo crime, diz investigador

18/01/2016 18h23 - Atualizado em 18/01/2016 22h07

Pai de santo preso por estupro culpa espírito pelo crime, diz investigador

Roberto Pedroso da Silva pode ter engravidado adolescente de 14 anos.
Segundo a Polícia Civil, homem deve ter estuprado outras cinco vítimas.

Amanda CamposDo G1 Soroaba e Jundiaí
Pai de santo cometeu o crime dentro do próprio terreiro (Foto: Reprodução/TV TEM)Pai de santo cometia os crimes dentro do próprio terreiro, diz polícia (Foto: Reprodução/TV TEM)
O pai de santo suspeito de estuprar e engravidar uma adolescente de 14 anos em Itupeva (SP) culpa um espírito pelo crime, afirma ao G1 o chefe de investigação da Polícia Civil do município, Wagner Agnolon. Segundo ele, Roberto Pedroso da Silva - suspeito também de ter praticado outros cinco abusos - afirma não lembrar de ter cometido qualquer crime porque perdia a consciência ao incorporar seu "mentor espiritual".
"Ele [o suspeito] diz não se lembrar de nada porque era o espírito que se apossava de seu corpo, quem cometia os crimes. Ele disse também só ter tomado ciência dos abusos quando chegou à delegacia", explica.
De acordo com a polícia, as seis vítimas sofreram abusos durante os cultos religiosos no centro espiritual do próprio pai de santo. A investigação aponta que os crimes podem ter começado há pelo menos dez anos. "O isolamento da vítima durante os atos religiosos já diminuía a resistência das jovens. Além do fator religioso. A menina acha que está sendo objeto de uma ação espiritual", destaca Agnolon. 
O suspeito está preso preventivamente por 30 dias no centro de triagem de Campo Limpo Paulista (SP). Somados os crimes, ele pode ser sentenciado a quase 100 anos de prisão"O promotor deve indicia-lo por crime continuado. Acredito que na prática ele deva ficar pelo menos 12 anos em regime fechado. Como o crime é hediondo, não deve ter acesso a muitos benefícios de pena", diz o investigador.
Na delegacia, uma das vítimas contou estar gravida de três meses do suspeito. A investigação começou depois de o avô da menina descobrir o crime.

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