A perseguição religiosa em países islâmicos, como o Irã, tem sido motivadas por ações como o evangelismo ou mesmo até pela celebração da ceia memorial a Jesus Cristo. Quatro cristãos iranianos foram sentenciados a 80 chibatadas cada um por tomarem vinho durante um culto de comunhão.
A celebração, recomendada por Jesus em memória a seu ministério e sacrifício, é descrita na Bíblia como uma reunião com os discípulos onde foram servidos pães e vinho, representando simbolicamente o Cristo e sua morte para a remissão de pecados e salvação.
Segundo informações do Daily Mail, os quatro cristãos foram presos em uma igreja doméstica em dezembro de 2012, durante uma atividade de repressão por parte do governo Irã contra igrejas clandestinas. O relato da prisão e condenação só foi divulgado à imprensa mundial agora, depois que a sentença foi divulgada no último dia 10 de outubro.
O prazo para que os quatro cristãos recorram da sentença vence amanhã, dia 30 de outubro. “As sanções impostas aos membros da Igreja do Irã criminaliza o sacramento cristão da participação na Ceia do Senhor e é uma violação inaceitável do direito de praticar a fé livremente e de forma pacífica”, declarou Mervyn Thomas, diretor executivo da Christian Solidarity Worldwide (CSW).
A Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou um comunicado sobre a questão, tecendo uma severa crítica ao governo iraniano pela repressão às minorias religiosas do país. Ahmed Shaheed, relator especial da ONU para Direitos Humanos no Irã, afirmou que é comum que cristãos sejam punidos por violar a Sharia, lei islâmica que é usada no país como parâmetro para inúmeras questões, inclusive regular a atividade religiosa de não muçulmanos.
“Pelo menos 20 cristãos foram presos em julho de 2013, em casos que também houveram violações aos direitos dos cristãos, particularmente os grupos evangélicos , muitos dos quais são muçulmanos convertidos ao cristianismo”, afirmou Ahmed Shaheed.
Recentemente, o político moderado Hasan Rouhani foi eleito o novo presidente do país, substituindo Mahmoud Ahmadinejad, visto pela comunidade internacional como um extremista religioso. Rouhani prometeu atuar na diminuição da violência contra as minorias religiosas, e já protagonizou uma situação considerada impensável em outros governos: conversou com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por telefone, num gesto inédito em décadas.
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