O embaixador americano Christopher Stevens, que morreu em um ataque na noite de terça-feira (11) no consulado dos Estados Unidos em Benghazi, Líbia, havia apoiado a revolta no país para derrubar Muammar Kadhafi.
Stevens morreu ao lado de três funcionários durante um ataque executado por islamitas que protestavam por um filme amador feito nos Estados Unidos e que, segundo eles, ofende o islã. Ele havia sido designado para este posto há menos de seis meses.
Stevens serviu como enviado ante os rebeldes líbios desde as primeiras semanas da revolta em fevereiro de 2011, durante a qual os aviões da Otan ajudaram os rebeldes a derrubar o regime de quatro décadas de Kadhafi e colaboraram eventualmente em sua captura e morte.
"Eu me emocionei ao ver o povo líbio levantar e reclamar seus direitos", afirmou o diplomata na abertura de um vídeo divulgado pelo Departamento de Estado pouco depois de ser designado como embaixador em maio de 2012.
"Agora estou emocionado por voltar à Líbia e continuar com o grande trabalho que começamos, construindo uma sólida relação entre Estados Unidos e Líbia e ajudando o povo líbio a alcançar seus objetivos", completou.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (12) que será feita "justiça" no caso dos quatro americanos mortos em um ataque na cidade líbia de Benghazi na véspera, por conta de um filme considerado ofensivo à fé islâmica.
Em um discurso no jardim da Casa Branca, Obama homenageou o embaixador J. Christopher Stevens e seus colegas, mortos em um ataque de manifestantes islamitas ao consulado americano em Benghazi, revoltados com as informações sobre o filme.
"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes este ataque ultrajante e chocante", afirmou Obama.
"Não se enganem, nós vamos trabalhar com o governo líbio para levar à justiça os assassinos que atacaram nosso povo".
O filme que provocou a revolta dos islamitas foi realizado por um israelense-americano, que chama o islamismo de "câncer", e promovido pelo polêmico pastor da Flórida Terry Jones.
O presidente lembrou que desde sua independência, "a América é um país que respeita todas as crenças".
"Rejeitamos qualquer tentativa de denegrir a fé religiosa de outros. Mas não há absolutamente justificativa nenhuma para este gênero de violência sem sentido, nenhuma", destacou.
A secretária de Estado dos EUA, Hilary Clinton, também condenou "nos termos mais enérgicos este ato de violência sem sentido". "Expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e colegas daqueles que perdemos", disse.
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