24 setembro 2006

Amor Não Correspondido



Fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois Ele é benigno até para com os ingratos e maus. S. Luc. 6:35.

No dia 8 de setembro de 1860, uma terrível tempestade abateu-se sobre o Lago Michigan e ameaçou afundar o navio de passageiros Lady Elgin. Na praia, observando o desdobramento da tragédia, estava um grupo de estudantes do Instituto Bíblico Garrett, que ficava perto. Quando o navio começou a partir-se, um dos estudantes, Edward W. Spencer, viu uma senhora agarrada a um dos destroços.Sem conseguir ficar apenas observando o naufrágio, Spencer tirou o casaco, jogou-se nas agitadas águas, nadou até ao navio e trouxe aquela senhora em segurança para a praia.Spencer nadou repetidas vezes e trouxe náufragos de volta, até que suas forças falharam e ele desmaiou na praia, exausto. Como resultado de seus esforços, 17 vidas foram salvas, mas o ato heróico quase lhe custou a vida. Ele nunca recuperou totalmente a saúde.Após a sua morte, alguns anos mais tarde, alguém escreveu à esposa dele perguntando se era verdade que nenhum dos náufragos salvos havia agradecido o heroísmo de seu marido.
Aqui está a resposta dela:
"A afirmação é verdadeira. Spencer nunca recebeu nenhum agradecimento das pessoas que ele conseguiu salvar, e nenhum reconhecimento por parte de qualquer uma delas." A seguir, num admirável espírito de magnanimidade, ela colocou a culpa da aparente ausência de gratidão na confusão geral reinante e na exaustão, tanto dos resgatados quanto do resgatador.
Ela encerrou a carta com estas palavras: "Meu marido sempre manteve esse ponto de vista acerca daquele episódio; nunca manifestou qualquer ressentimento, e tenho certeza de que nunca o sentiu. Fez o melhor que pôde, sem esperar recompensas ou apreciação."

23 setembro 2006

Excelente Artigo.

COMPORTAMENTO -

Derrube seu gigante, você também!

Ouvimos falar de blindagem de ministros, carros blindados e outras coisas afins. A blindagem nada mais é que um mecanismo de proteção contra invasores ou agentes nocivos que podem nos prejudicar. É usada para nos proteger de agentes externos: ladrões, tiros, seqüestros, agressões etc.Uma das coisas mais difíceis de se alcançar é o equilíbrio em situação de perigo ou de estresse. Que o diga o Corpo de Bombeiros que lida, todos os dias, com situações onde as pessoas precisam de muito equilíbrio, seja em um incêndio, atropelamento e outros acidentes vários, que demandam frieza e atenção, associados a muita tranqüilidade. Vamos chamar isso de blindagem.Como podem cair mil do seu lado esquerdo e 10 mil à sua direita e não ser abalado? Isso é força da convicção e segurança! Tenho muito apreço pelos épicos. Assisti ao filme A Cruzada logo no seu lançamento (submeti-me à possibilidade de assistir à fita sentado no chão da sala do cinema, foi até divertido). Outro de que gostei muito foi Rei Arthur, muito bom! Esses filmes nos mostram a capacidade de homens com convicção de superarem a si mesmos antes de superarem seus adversários.. Vendo estes comportamentos, podemos avaliar que existem pessoas que pensam de forma diferente diante de desafios. Na história dos hebreus, temos um episódio muito interessante: a luta de Davi, um adolescente franzino, que enfrenta um gigante, enorme, de nome Golias. A história mostra que um exército inteiro fugia do gigante e este debochava da tropa, que tremia de medo. Num determinado momento, esse adolescente, meio raquítico, pastor de ovelhas, vê aquela cena, ficando indignado com toda aquela situação e resolve, sozinho, dar um fim na questão, chamando o gigante para um duelo. Num golpe certeiro na testa ele derruba o grandalhão. Davi era perito no lançamento de funda, um tipo de estilingue, usado ainda hoje nas regiões da Palestina e do Oriente Médio. Penso que ele tinha duas possibilidades ao ver seu adversário: olhar para ele e pensar que o homem é grande demais, imbatível, sem chance de ser derrotado, ou pensar ¨o alvo é muito grande, tão grande que será impossível errar, nunca vou errar¨ Ele preferiu a segunda opção. Assim, como pensou, aconteceu. Mirou na testa do gigante, lançou a pedra, que foi certeira. Ali mesmo, Golias caiu morto, um monte de carne para ser comido pelos abutres. As nossas convicções, nossos valores, auto-estima e determinações, como também nossa autoconfiança, fazem uma enorme diferença quando estamos passando por algum problema. A forma de encarar as dificuldades, ainda que nada esteja dando certo, mesmo que aparentemente a luz no fim do túnel nada mais seja do que a locomotiva que vai nos atropelar: assim pensa o pessimista. Precisamos entender que o choro pode durar a noite inteira, mas a alegria vem pela manhã. Existe um ponto onde sou bom e o gigante é vulnerável.

Um grande abraço!

* Luiz Cláudio Araújo é psicólogo clínico e consultor em RH e escreve às sextas-feiras nesta página. Consultório: rua da Bahia 1.345/904, telefones 3374-5051, 8762-2558.